Linguagem Corporal

Linguagem Corporal para Coaches

Anderson Carvalho
Escrito por Anderson Carvalho em 24/10/2017
Linguagem Corporal para Coaches
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Linguagem Corporal para Coaches. Como isso pode ajudar um profissional de desenvolvimento pessoal a ajudar seus coachees?

Tanto o coaching quanto a Linguagem Corporal não são “produtos” novos, muito pelo contrário! A Linguagem Corporal sempre acompanhou o ser humano como o primeiro idioma a ser “falado”. Já a base do coaching surge em uma época nada comercial. Estudos revelam que Sócrates já fazia as pessoas refletirem com suas maiêuticas (perguntas reflexivas)

O que é coaching?

Coaching é um método de treinamento baseado em perguntas reflexivas que reúne diversas ferramentas para auxiliar o coachee (cliente) no seu processo de desenvolvimento. Originou-se nos Estados Unidos através do esporte pelas mãos de Thimothy Gawlley mais conhecido como Tim Gallwey e se expandiu pelo mundo como uma oportunidade de trabalho.

O coaching pode ser utilizado para diversas ocasiões. O principal propósito do coaching é auxiliar seus coachees através de perguntas que os ajudem a enxergar o que antes não podia ser percebido.

Não existe um modelo exclusivo de coaching, nem o que é mais certo ou errado. Algumas instituições alegam que o seu modelo é o mais correto e o que gera mais resultado. Mas se o coaching é um conjunto de ferramentas utilizadas por humanos e com humanos, é importante lembrar que o método por “melhor” que ele seja, ainda assim não é o ideal e está longe de ser o perfeito.

O que é ensinado em uma formação de coaching?

A grosso modo falando, a experiência do profissional de coaching com as ferramentas promovidas pela instituição é o que se ensina na maioria das instituições de coaching. No Brasil, o coaching por mais que seja algo relativamente “novo”, por estar aqui desde 2000, ele não é atualizado e muitas instituições se apegam ao achismo e conteúdos antigos e não deram um upgrade na informação.

Um exemplo é o uso da Programação Neurolinguística (PNL), que no Brasil as instituições tentam dissociar essa prática do Coaching, quando na realidade o Coaching é a PNL, porém de forma prática. E quando tentam fazer essa separação, cometem um grande erro ao mencionar nas formações, estudos que não possuem base científica.

O que é PNL

PNL é a sigla mundialmente utilizada que se refere a Programação Neurolinguística. Uma abordagem com junção de outras técnicas como: hipnose, gestalt.

A PNL surgiu na década de 70 através de um estudante (Richard Bandler) e um psicólogo (John Grinder) ao observar o comportamento das pessoas.

Desde sua criação até os dias atuais, a PNL não sofreu muitas alterações e nem atualizações, mas ainda assim é uma ferramenta poderosa no auxílio do desenvolvimento pessoal.

Costumo mencionar que todo profissional que participou de alguma formação em coaching, precisa conhecer a PNL para ter mais embasamento e propriedade ao aplicar técnicas.

O Coaching como profissão.

O coaching é um excelente negócio para todo profissional que busca aperfeiçoamento pessoal e profissional, independente da área de atuação. Ainda que não seja regulamentado como profissão, nem todos que buscam por formações em coaching pretendem atuar na área. Muitos executivos, diretores, psicólogos, políticos, fazem formação em coaching para ter mais recursos ao lidar com pessoas em seu ambiente de trabalho.

O coach não surgiu para substituir o psicólogo, psicanalista e nenhum outro terapeuta. O que ele faz é agregar ferramentas para que o processo de desenvolvimento se torne mais rápido e satisfatório para o cliente.

Se tratando de números, o coaching nos Estados Unidos chega a movimentar cerca de 3 bilhões de dólares por ano. Estima-se que apenas no Brasil, cerca de 40 mil profissionais possuem alguma formação em coaching.

Esse número reflete um aumento de 300% entre 2012 e 2015. O mais surpreendente é que esse número não havia mostrado nenhum sinal de reversão, até então.

No ano de 2017, essa busca se esfriou em comparação aos anos anteriores, isso pelo fato de muitas pessoas ficarem alucinadas com o coaching, mas não terem ideia do que fazer com aquele conhecimento que lhes era ensinado pós-formação.

A grande verdade é que o coaching vem se tornando commodities. Em 2013 eu cheguei a fazer um comentário sobre isso, dizendo que era apenas uma questão de tempo. Um dos grandes responsáveis por isso, é a falta de inovação e preparação do profissional de coaching, já que a maioria das instituições está focada em vender sempre um novo curso, alegando estar preparando o profissional com o argumento de que “falta ainda alguma coisa para dar o pulo do gato”.

Assim como um recém formado em qualquer graduação precisa passar por um estágio, para que possa ver como funciona na prática o que estudou dentro da universidade, no coaching o estágio é chamado de pró-bônus e é uma prática altamente recomendável. Mas ainda assim, ela não garante que o mais novo coach tenha sucesso na profissão, e por esse motivo, muitos acabam desistindo e tomando aversão à profissão, chegando ao ponto de não quererem nem ouvir falar mais nesse nome.

Existe um nicho específico?

Na realidade não existe nenhum nicho específico para atuar, mas a maioria dos coaches recém formados optam por atuar na mesma área de que seus professores.

Existe uma demanda muito grande por profissionais que tenham formação em coaching como diferencial, mas para pessoas que queiram viver exclusivamente do coaching, será preciso inovar, já que todas formações por mais “diferentes e exclusivas” que elas sejam, o coaching é um só.

Muitos coaches acabam se tornando generalistas, quando na verdade tudo que queriam era serem multiespecialistas. O fato de querer fazer tudo e atuar em todas áreas sem conhecimento prático e motivado pelos conteúdos ensinados em sala, ao invés de serem direcionados para uma carreira promissora, são conduzidos a se tornarem “transformadores” (como gostam de ser chamados), mas na realidade se tornam apenas replicadores de conteúdos.

O grande impasse na nova carreira do profissional recém formado muitas vezes está em querer seguir os passos do coach no qual o formou ou entrar em um nicho que está muito concorrido. Motivados pelos resultados do coach que os treina, muitos acabam os tendo como gurus e querem se tornar aquele profissional ao invés de criar seu próprio caminho.

Linguagem Corporal para Coaches? Como assim?

A linguagem corporal não é apenas mais uma das ferramentas disponibilizadas ou apenas algo relacionado a ficção científica. Na verdade, a linguagem corporal é o principal canal de comunicação de todo ser humano.

Imagine o seguinte: Um brasileiro que não sabe falar nada de inglês tentando se comunicar com um americano. Verbalmente a comunicação não aconteceria, já que ambos não compreendem as palavras, como elas poderiam fluir? Mas se olharmos para o não verbal, a comunicação aconteceria. Era assim no tempo das cavernas. Antes de criar idioma verbal, os gestos e as expressões faciais eram responsáveis por fazer com que a comunicação ocorresse entre as pessoas daquela época.

Você deve estar se perguntando: Mas se hoje de certa forma todos falam uma mesma língua e quando não se fala é possível até usar um intermediário ou até mesmo a tecnologia para ajudar, porque aprender uma coisa que parece ser obsoleta?

É nesse ponto que mora o perigo de se tornar apenas mais um nesse imenso mercado de oportunidades.

Observar para ouvir na essência

Muitos coaches recém formados ignoram a importância de saber interpretar o comportamento humano e acabam deixando uma enorme oportunidade de obter destaque na carreira.

O principal requisito para se tornar um coach é gostar de pessoas e querer ajudá-las, logo se eu não sou capaz de entendê-las, como poderei ajudá-las?

Um coach sai de uma formação preparado para utilizar algumas ferramentas que lhe são ensinadas, mas não sai preparado para lidar com as pessoas em suas verdadeiras essências.

Uma boa conversa no processo de coaching, em muitos dos casos substitui planilhas e até mesmo softwares sofisticados. A sessão de coaching é e deve ser algo humanizado, que permita você chegar mais próximo do seu cliente e o ajude a resolver seu problema.

Certa vez, um dos primeiros clientes de coaching que tive, me disse que em sua terceira sessão de coaching comigo, conseguiu chegar no resultado que desejava, enquanto que com um profissional que atualmente é uma das maiores referências no Brasil, ele havia gastado tempo e dinheiro.

O detalhe é que essa sessão de coaching não foi dentro de um estúdio fechado e nem do escritório, foi em um café.

O que as pessoas precisam é serem compreendidas, e a Linguagem Corporal proporciona ao especialista a capacidade de ler e interpretar os sinais que o corpo emite, conduzir de forma que possa fluir de maneira benéfica para o coachee.

Como posso aprender Linguagem Corporal?

Os livros podem ajudar, mas ainda assim o conhecimento não será suficiente. Se pautarmos desse princípio logo perceberemos que os livros nos ajudam, mas não são suficientes para nosso aprendizado. Eles apenas contribuem com nosso desenvolvimento.

Teoria você aprende também dentro de uma sala de aula, em uma palestra ou na internet. Linguagem Corporal se aprende é na prática. Claro que é importante passar por treinamentos e adquirir conteúdo teórico, mas o que realmente te faz aprender é a capacidade de livrar-se dos seus filtros e observar as pessoas no dia a dia. Seja em casa, no trabalho, na rua, em uma pracinha ou qualquer lugar que tenha pessoas por perto.

Antes de adentrar nesse universo chamado Linguagem Corporal Para Coaches, você precisa ter um ponto de partida que é: Por que se tornar um profissional que tenha essas habilidades?

Se você resolver aprender sobre o tema apenas por vaidade, eu já digo: nem perca tempo pois não irá se desenvolver em todo seu potencial e tudo que conseguirá é se frustrar, pois será apenas mais um curso que você gastou seu rico dinheirinho.

Primeiro defina o que você realmente quer com a Linguagem Corporal, existem vários nichos que apenas ela já é de grande relevância. Somados a sua formação em coaching, ela se torna mais eficaz.

Você não estuda Linguagem Corporal para colocar no curriculum. Uma das grandes práticas no Brasil, talvez devido a cultura ter sido instruída a ela, é de fazer cursos para colocar no currículo e ter certificados para comprovar que o fez. Você pode até ser contratado por conta de ter feito um curso e ter o certificado para comprovar, mas não será ele que irá te manter nesse emprego. E sim sua habilidade prática.

Quais nichos posso atuar com Linguagem Corporal?

Por mais que não seja comercialmente conhecida, a Linguagem Corporal proporciona uma gama imensa de oportunidades.

No Brasil, as pessoas procuram por oportunidades que tem algum rótulo. Como é o caso do coaching. Ele só se tornou o que é hoje porque foram atribuídos rótulos para elevar seu valor percebido, criando o desejo das pessoas em tê-lo como uma profissão.

Dentro da Linguagem Corporal você pode atuar em áreas forense, investigação criminal, interrogatórios, nas áreas comerciais, já que é importante o vendedor ter conhecimentos técnicos de como isso pode ajudá-lo a vender mais. Para palestrantes e oradores, já que a presença de palco é tão importante quanto o conteúdo que está sendo tratado, em sessões de coaching individuais e em grupos, pode ser utilizada por psicólogos, psicanalistas e terapeutas. O departamento pessoal de grandes empresas faz o uso da Linguagem Corporal na hora de contratar pessoas.

Devido uma demanda cada vez mais crescente e a falta de profissionais qualificados e habilidosos no mercado, nós da Academia Internacional de Linguagem Corporal iniciamos em 2017, um treinamento exclusivo para coaches que querem utilizar o conhecimento da Linguagem Corporal para potencializar os resultados de seus coachees.

Diferente do coaching que cresceu rapidamente em um curto período e hoje já se vê sinais de declínio, devido ao mercado cheio de profissionais que fazem a mesma coisa, a Linguagem Corporal no mesmo período se manteve em um ritmo estável.

Linguagem Corporal Para Coaches
Comparativo de 2012 até 2017 do crescimento e início de declínio do coaching
Análise Google
Comparativo de 2012 até 2017 da estabilidade da Linguagem Corporal com leve declínio.

Vale lembrar que quando a Linguagem Corporal esteve amplamente em alta, era devido ao famoso seriado norte-americano Lie to me, onde as pessoas tinham apenas a Linguagem Corporal para mentiras, como referência de conteúdo.

A Linguagem Corporal se manteve em um ritmo mais estável com leve declínio durante o mesmo período do Coaching.

O que vai acontecer daqui pra frente com o coaching não podemos afirmar, mas que como toda commodityes, haverá mais profissional do que cliente para consumir, e aquele coach que pensar em sair dos trilhos estabelecidos pelas instituições, terá mais chance de ter resultados do que aqueles que conseguem enxergar apenas o horizonte que eles querem que vejam.

Linguagem Corporal para Coaches não é mais um método de treinamento ou um diferencial para se estampar no cartão de visitas. É um recurso que deve ser utilizado para ajudar seu coachee a atingir o resultado desejado.

E foi pensando em como trazer esse conhecimento de uma forma mais simples e prática para Profissionais que trabalham com Desenvolvimento de Pessoas, como Psicólogos e Coaches, que resolvi organizar o maior Workshop Online de Linguagem Corporal das Américas!

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